sexta-feira, maio 30, 2008

não existe

a verdade é que a realidade não existe... se não existe realidade, não há verdade... então o que direi de seguida não faz sentido...
o que vejo, só existe para mim, e o que vejo é apenas o que o meu cérebro consegue processar, o que ele não consegue compreender, não vejo, assim certamente,`há muito neste mundo inexistente que eu não vejo, mas como a realidade não existe, nada disto faz sentido...
do mesmo modo o que tu vês, é apenas o que o teu cérebro consegue alcançar, tudo o resto é invisível aos teus olhos... logo se a nossa realidade é sem ser, e eu não compreender a tua, para mim és invisível, ... mesmo que sejas a minha alma...
"o que os olhos não vêem coração não sente"

Não posso negar que hoje tenho tudo o que poderia ver à minha frente, se amanhã descobrir mais alguma coisa, então amanhã terei mais...

Foi talvés por egoísmo, quero pensar que também um pouco por amor,... que estou eu a dizer, eu o cúmulo do egoísmo,.. e se foi por egoísmo,... a questão é que foi,... saiu e agora...
ela estava bem encaixotada, arrumada, arquivada e catalogada, quem te manda andar a limpar pó, saiu e não a consigo parar... a minha realidade...
que importa....
não existe...

segunda-feira, maio 26, 2008

Camada sobre camada, sete ou onze passos atrás, escondida, refundida a essência, como perfume fugidio numa brisa marítima... atrás de uma parede de sete metros, feita em betão armado...
É seguro...pergunto eu...??? Talvez não, certamente que não,... respondes tu!!! Qual a solução então?!
Sorriso na cara, sorriso nos olhos, ... Lábios de cera, lábios frios,... Olhos de vidro, olhos vazios...
- Não!!! - gritas tu.
- Não. - sussurro eu.
Mas tu és a sombra e eu o corpo, e juntos formamos o só.

domingo, maio 25, 2008

Quero um beijo

...daqueles de ficar extasiada, encostada a uma parede, sem saber para onde me virar.

Vem-me sempre à memória, uma cena que presenciei, em plena noite Bolognesa. Quiça da minha sensibilidade da altura, certamente não a cena mais provocante que já assisti, mas marcou-me. No lusco fusco do bar, às tantas da madrugada, foi num instante que do canto do meu olho me chamou à atenção. Um rasgo de vontade, mãos em pulsos, costas com parede, um acto carnal e apaixonado de desejo puro que me deixou embasbacada...

Veio-me à memória...

quarta-feira, maio 21, 2008

Sei que falo muito de sonhos, mas a eu não sei ainda ao certo se vivo num sonho ou em raros momentos de realidade.
Considerando que vivo de momentos de realidade, em instantes de incerteza, ontem à noite então devo ter sonhado.
Sonhei sim, mas sonhos tem significado, sonhos que se mantêm na nossa mente, para além do limbo do acordar, devem ter mais ainda. Este é um deles, recordo-me quase das frases que li no meu inconsciente. Poderia quase decalca-las da minha memória para este blog, mas não faria sentido para mais ninguém senão para a minha insegurança.
Eu falando de insegurança,... contraditório... certamente, mas a verdade é que para ultrapassar algo o primeiro passo é não o negar. Lição aprendida de um modo duro que não pretendo esquecer.
Por isso sim, admito que estou insegura e agora... e agora... que poderei fazer,...
Racionalmente a insegurança esvai-se em pó que voa à menor brisa, mas não,... não somos somos só racionais, existe sempre a parte emocional... essa não funciona com valores lógicos...

terça-feira, maio 20, 2008

hoje pensei no tempo

Hoje pensei no tempo...
Tempo que passa, mas passa porque o criámos para passar, o próprio conceito é passageiro. Tempo só existe porque o criámos, antes do tempo apenas um circulo de movimentos astronómicos que se sucedem. Nada mais, aos quais acrescentamos um nome e dai um conceito uma ideia.
mas nossa, não existente anteriormente,
nascer, crescer e morrer,
voltar a nascer, crescer ainda mais e morrer
apenas isso existia