quarta-feira, setembro 21, 2005

intensamente

Amar é viver intensamente, muito intensamente. Quer para o lado bom como para o lado mau.

Uma menina

Um dia conheci uma menina, corria, falava, ria, chorava como qualquer criança da sua idade. Mas as suas brincadeiras revelavam algo de especial, algo que a tornava diferente, fazendo-a sobresair sem se saber uma razão concrecta. As suas correrias eram fluentes, melodiosas, as palvras e os gritos coexistiam em harmonia com o ambiente que a envolvia. Os risos e os chorostranformavam a sala num mundo de sonhos em que o soalho eram um palco, os candeeiros holofotes as cadeiras o coro da companhia. As meias eram sapatilhas de cetim cor-de-rosa, o vestido de chita, o mais belo tule.
Um dia conheci uma menina que sonhava ser bailarina.
Mais tarde reconhecia no pátio dum colégio onde aprendia para ser escritora.
Anos volvidos, lágrimas choradas, risos comidos, verdades cortadas, senti-a num estudio caloroso onde descortinava o significado da primeira posição.
Escrevo estas linhas hoje porque esta noite, envolto em brilhos de prata, reodeado por sons de palmas, descobri um sorriso familiar.

terça-feira, setembro 20, 2005

A vida

É uma coisa tão efémera, de repente existe e no momento seguinte desaparece como uma visão que deixou simplesmente de existir.
É pássaro que voa para longe para nunca mais voltar num instante as suas asas explodem em cores confundindo-se com o azul infinito. No instante seguinte tranformam-se em sombras escuras.
Não me interessa a tristeza, não me importo da dor. Tudo é vida! Vida cruel e insensata! Vida que amarga a boca e trava a língua. Vida tola e insignificante!

Vida odeio-te, tenho-te raiva, a mais profunda mágoa. Vida amo-te, adoro-te, quero-te sempre a toda a hora.
Vida és a minha paixão.

E é nos momentos em que desapareces que tenho mais certeza ainda do quanto te amo. Pena que tantos sofram com isso.

domingo, setembro 18, 2005

Erros de sinal

Nem sempre o que os outros interpretam reflecte o que sentimos ou o que realmente queriamos dizer. Por vezes existe falta de comunicação, ou uma falha na comunicação, pois o receptor não recebe a mensagem completa do emissor, o que provoca erros de descodificação do sinal.
Pode até ser muito engraçado e divertido, dizermos as coisas pela metade. Pode ser extremamente sensual não irmos directos ao assunto, mas lá que provoca muitas desinterpretações isso provaca.
Os meus amigos "gajos" dizem-me sempre não há rapaz que te convide para sair sem segundas intenções, eu rebato o argumento com: - Eles podem ter mas eu não tenho.
A verdade é que mesmo que nós, "gajas" não tenhamos, isso nem sempre impede de passarmos por um mau bocado se formos mal interpretadas.
Erros de sinal não se encontram apenas a este nível. Por exemplo, o sono. Há alguém que me possa dizer que nunca foi agressivo, chato e embirrante quando estava com sono, simplesmente porque estava com sono. E quantas vezes ao ser assim não perguntam se estamos chateados?
Quantas más interpretações da minha pessoa não andam por aí a vadiar pelo mundo?! O que vale, é que as interpretações que interessam, no dia seguinte partem-nos a cabeça porque agimos que nem estúpidos.

sexta-feira, setembro 16, 2005

Viagem de comboio

Pode o mundo inteiro dizer que viajar de transportes públicos é abominável que eu não vou mudar de opinião. Gosto de fazer a linha de cascais de comboio, ver o rio logo de manhã, apreciar as nuvens, as águas, observar as pessoas, ler um livro, fazer as palavras cruzadas. São momentos que não vou nunca considerar abomináveis - ok, ok,... quando há greves realmente é abominável!!

quarta-feira, setembro 14, 2005

Motivos

Contigo na minha memória escrevo, e com isso alegro-me, entriteço-me, avivo as lembranças, e mato um pouco a saudade... engano um pouco a saudade.

Para ti,

Praia das lágrimas

"Olhei para o mar e dei conta que existia..." Disse-te estas palavras, e foste das poucas pessoas que as compreendeu com o sentido que as tentava dizer.
Lembrei-me disso hoje,... poderia ter sido ontem, ou amanhã, mas foi hoje. Talvez por ter olhado o mar e mais uma vez me ter dado conta que sim, eu existia.

"Oh mar salgado
Eu sou só mais uma
das que aqui choram
e te salgam a espuma (...)"

Canção popular

Para ti,

domingo, setembro 11, 2005

Saudades

Acordei, e sem motivo vi o teu rosto, sem motivo senti a tua presença, sem motivo pensei em ti.Um nó na garganta sufocou-me, deixando-me naquele estado de quase choro.
É o facto de já não te ver chegar de olhos brilhantes e sorriso franco no rosto, é a ausencia da tua presença que me destroçam o coração.
Sei que já passou muito tempo, sei que talvez já não devesse sentir esta angústia. Mas perdoa-me se não consigo ultrepassar, perdoa-me se ao ver as tuas fotografias as decoro sempre com lágrimas.

Para ti,

Xada

Porque sim

Porque me tem apetecido escrever, porque gosto de escrever.
Então dividem-se as águas.